Curitiba - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, abrirá às 10h30 a colheita de mandioca na fazenda Alvorada, em Paranavaí, maior pólo industrial do segmento no país. Às 13h15, participará do encerramento da reunião da Câmara Setorial da Mandioca e Derivados, instalada pelo ministro em fevereiro, em Belém (PA). A Câmara discute um plano nacional para a mandioca e um projeto para o desenvolvimento do setor de amido.
Em seguida, o ministro fará a palestra de abertura do 2º Seminário da Cultura da Mandioca, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Amido (Abam). O encontro busca atualizar produtores rurais e indústrias de amido sobre as perspectivas de mercado para os próximos anos. A preocupação é manter a oferta da matéria-prima, já que em 2003 houve escassez da raiz em função do baixo preço pago ao produtor, além de incentivar o uso da fécula na indústria de panificação.
Produção
Neste ano, as indústrias estimam a produção de 620 mil toneladas de amido de mandioca, um resultado 45% superior às 428 mil toneladas de 2003. O amido é utilizado nas indústrias química, alimentícia, metalúrgica, têxtil, farmacêutica, plástica e de papel. A indústria de perfuração de poços de petróleo e as lavanderias também usam o amido como ingrediente de seus produtos. A mandioca é cultivada e industrializada em grande escala na produção de diversos derivados.
A partir desta safra, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) retomará o levantamento da produção brasileira de mandioca, com previsão de anunciar a primeira estimativa em meados de outubro, segundo Eledon Oliveira, gerente de análise de safra da Conab. A complexidade do plantio e da colheita, altamente fragmentados em diferentes épocas e regiões do país, dificultaram o início do levantamento, previsto anteriormente para o primeiro semestre.
O IBGE estima em 23,8 milhões de toneladas o volume de produção da mandioca no país. A área plantada com mandioca chega a 1,7 milhão de hectares e a produtividade média, a 13,3 mil kg/hectare. Os principais estados produtores são o Pará (4,4 milhões de toneladas), Bahia (4 milhões de toneladas) e Paraná (2,2 milhões de toneladas).
