Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio, 15/4/2004 (Agência Brasil - ABr) O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, João Geraldo Piquet Carneiro, disse hoje que a corrupção "é uma ameaça à segurança institucional, na medida em que pode envolver o Estado com o terror e o tráfico de drogas".
Piquet Carneiro participou do seminário "Ética no Setor Público", promovido pelo Conselho Empresarial de Responsabilidade Social e pelo Fórum de Gestão Eficiente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Ele afirmou que "a corrupção não é um fenômeno brasileiro, mas um mal que pode ser observado em todas as culturas do mundo".
O presidente da Comissão de Ética Pública explicou que os 750 servidores da alta administração federal estão sujeitos ao Código de Conduta da União, com o objetivo de inibir os atos de corrupção. O governo estuda iniciativas de combate aos métodos de corrupção, como novas sanções e aumento de penas, revelou Piquet Carneiro.
Ele reconheceu, entretanto, que escândalos como os que envolveram o ex-assessor da Casa Civil da Presidência, Waldomiro Diniz, "são patológicos, onde corruptor e corrompido acreditam que jamais serão apanhados".