Não existem soluções mágicas para conter violência no Rio, diz chefe da Segurança Institucional

15/04/2004 - 18h22

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Armando Félix, disse hoje que não existem "soluções mágicas" para reduzir a violência no Rio de Janeiro. Segundo o ministro, o governo federal vem, desde o ao passado, planejando ações de combate à violência no Rio, mas os resultados só poderão ser percebidos no futuro. "Soluções são todas elas de médio e longo prazo. Passam por problemas policiais, sociais, econômicos", afirmou.

O general ressaltou a criação da Secretaria Nacional de Segurança Pública como uma das ações que poderão trazer resultados efetivos no combate à violência no Rio. E garantiu que, para cada estado brasileiro, o governo faz diferentes planejamentos, por intermédio de um grupo que reúne representantes dos governos estaduais, das Forças Armadas, da Agência Brasileira de Inteligência e da Secretaria Nacional de Segurança Pública. "É um trabalho conjunto. Existe um Sistema Brasileiro de Inteligência que trabalha em função disso", ressaltou.

Sobre o envio das Forças Armadas para combater a violência no Rio, o general foi enfático: elas devem atuar apenas em localidades onde as Polícias Federal, Militar e Civil não estiverem presentes. "Elas devem atuar na ausência. Insuficiência (de policiais), isso é coisa relativa", enfatizou.

O general disse que é favorável ao projeto de lei que autoriza a atuação das Forças Armadas nas fronteiras, para auxiliar a Polícia Federal no combate ao tráfico de armas. "A preocupação do poder de policia ser dado às Forças Armadas é naqueles lugares onde não existe outro tipo de autoridade que detém esse poder. Onde houver um vazio", esclareceu.