Reforma universitária depende de um projeto de país, diz sociólogo português

05/04/2004 - 15h59

Brasília, 5/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O sociólogo português Boaventura Sousa Santos disse hoje que para haver realmente uma reforma universitária é preciso, primeiramente, um projeto de país e uma alternativa à política de globalização neoliberal. "Se não houver projeto de país, toda a reforma será contrária à própria universidade" alertou Boaventura.

Boaventura Santos participou do segundo debate promovido pelo Ministério da Educação sobre a reforma universitária. O objetivo é formular a proposta de mudança no ensino superior brasileiro.

Na abertura do debate, o ministro da Educação, Tarso Genro, reafirmou as três principais metas do MEC: a adequação do projeto interno do ministério à política administrativa do governo federal, a transformação do Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Fundamental (Fundef) em Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb) e a discussão da reforma universitária como projeto de nação. "O objetivo estratégico da reforma é torná-la cúmplice do desenho de um projeto de nação, um projeto de país socialmente justo", disse o ministro.