Bombeiros do Rio pedem mais segurança para elevadores e escadas rolantes

20/01/2004 - 7h00

Rio, 20/1/2004 (Agência Brasil - ABR) - As cidades brasileiras, à exceção de Brasília (DF), ainda estão atrasadas em termos mundiais em relação à segurança da população nos chamados aparelhos de transporte, como elevadores e escadas rolantes. De acordo com informação do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em 2003 891 pessoas ficaram presas em elevadores e resgatadas por homens da corporação - média de 2,5 pessoas por dia ou 74 por mês. Este é o 2º maior número em 10 anos de salvamentos de pessoas em elevadores no município. O 1º alcançou 906, em 2002, em função do racionamento de energia.

Se forem considerados os salvamentos efetuados por síndicos, porteiros e firmas de manutenção, o total real de resgates seria ainda maior, atingindo o triplo do número oficial, admitiu a assessoria dos Bombeiros.

Embora já exista uma lei em vigor no Distrito Federal e outra em implantação em Salvador (BA) que torna obrigatória a inspeção anual dos elevadores por equipes especializadas, para garantir a segurança dos usuários e dos equipamentos, ainda é reduzida a preocupação no país em relação ao perigo que corre a população quando utiliza elevadores e escadas rolantes. O Rio de Janeiro, por exemplo, conta com uma lei já aprovada pela Câmara em 19 de junho de 2002, de autoria do vereador João Cabral (PRTB), que depende de sanção do Prefeito César Maia para entrar em vigor. Em São Paulo, um projeto-de-lei tramita na Câmara da cidade .

A Lei 3741/02 delega a fiscalização obrigatória dos elevadores no município do Rio de Janeiro a uma equipe de especialistas de órgão municipal ou empresa escolhida através de processo de licitação, sem qualquer vinculação com as empresas construtoras e/ou de manutenção de elevadores. Segundo explicou a assessoria do vereador João Cabral, dessa forma cada condômino poderá saber, efetivamente, o que foi consertado, o que é preciso consertar e ter uma inspeção idônea que prove que sua família pode subir e descer pelos elevadores de seu prédio com toda segurança. Além da transparência e da confiabilidade das informações, haverá redução de custos para o condomínio, que terá a taxa de inspeção reduzida do contrato com as companhias conservadoras.

O que o condomínio pagava para a empresa se autofiscalizar será destinado a uma aferição mais profissional e isenta, segundo avaliou a assessoria do parlamentar.