Brasília, 15 (Agência Brasil - ABr) - Hoje, Dia Mundial do Consumidor, se comemora uma das maiores conquistas da sociedade nos últimos anos: a consolidação dos institutos de defesa econômica. "Cada vez mais, os consumidores reconhecem os seus direitos e recorrerem a estas instituições,quando se sentem prejudicados", afirma o supervisor da central de atendimento do Instituto de Defesa do Consumidor (IDC), Silvo Góes.
Estimativas do órgão apontam que o número de atendimentos tem subido a cada ano, o que representa maior número de pessoas exigindo seus direitos. Segundo Góes, são atendidos de 800 a 1000 consumidores por dia e de 15 mil a 20 mil por mês. A maior parte das reclamações, geralmente, se refere a serviços prestados - como assistência técnica e mecânica. O instituto também recebe muitas queixas sobre financeiras, empresas de cartão de crédito e bancos.
"Grande parte dos casos, em torno de 95%, é resolvida em 72 horas. As empresas são convocadas para conciliação e têm dez dias para tentar se defender. Se não conseguirem, são penalizadas com multas, que variam de R$ 200,00 a R$ 3 milhões", explicou o supervisor.
Ele lembra que "é imprescindível que os consumidores, na hora de contratar serviços e realizar compras, guardem os contratos, que devem ser escritos, para uma possível reclamação futura. O cliente ainda tem que exigir que todos os benefícios prometidos pelo vendedor sejam devidamente escritos".
Outra reclamação freqüente é que muitas pessoas são enganadas na hora de formalizar a contratação. Elas se queixam que vendedores prometem muitos benefícios oralmente e depois não cumprem. Nesses casos, não há como reclamar, por isso, é de vital importância o que está escrito nos contratos. Um desses casos típicos são os de consórcio que, algumas vezes, garantem a contemplação em 30 dias e, quando o cliente lê atentamente o contrato, percebe que a realidade é bem diferente.