Rio de Janeiro, 15 (Agência Brasil - ABr) - O musical infantil O Fantasma doTeatro abre amanhã (16) a temporada de 2002 no Teatro Municipal do Rio. Na história, criada pelo músico norte-americano Justin Locke, um teatro volta à atividade, o que irrita os fantasmas que o habitam. Como vingança, músicos, cantores, bailarinos e instrumentos passam a ter comportamentos
inusitados. Esse é o pretexto para ensinar crianças (e adultos também) a ouvir música erudita, tal como outro texto de Locke encenado aqui em 2000, Pedro versus o Lobo, uma seqüência do clássico Pedro e o Lobo. Locke esteve no Rio há dois anos e volta na próxima semana para ver O
Fantasma, que só teve uma outra montagem nos Estados Unidos. Cláudio Botelho e Charles Möeller foram os responsáveis pela versão brasileira.
Zezé Polessa é a narradora (no original, um dos músicos lê o texto), Edwin Luisi faz um detetive trapalhão e o barítono Sandro Christopher vive o empresário, preocupado com as assombrações do teatro. Há ainda Georges Feres Sauma, de 12 anos, que é o assistente do fantasma, além do coro e do Corpo de Baile do Municipal e da Orquestra Petrobras Pró-Música, que terá à
frente dois jovens maestros, Marcel Lehninger e Marcos Arakaki.
"Tivemos total liberdade nessa adaptação, até mesmo no repertório porque as músicas que o público brasileiro conhece não são necessariamente familiares aos americanos", adianta Botelho,que fez novas letras para árias de Carmem, de Bizet; As Bodas de Fígaro, de Mozart; além de incluir a valsa do Lago dos Cisnes e o movimento Verão, das Quatro Estações, de Vivaldi. "Esse é o nosso primeiro trabalho para crianças, mas o empenho é o mesmo, com um detalhe: o público infantil é mais exigente".
O Espetáculo fica em cartaz até dia 31, sempre aos sábados e domingos, com uma apresentação extra no dia 29.