07/08/2003 - 18h17

Indústria gaúcha mantém em junho tendência de desaceleração, mas crescimento do semestre é positivo

Porto Alegre, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Índice de Desempenho Industrial, medido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) manteve em junho a tendência de desaceleração que se registra neste ano e caiu 1,17% em relação ao mês anterior, embora acumule 4,28% de crescimento no semestre. Em relação a junho de 2002, o índice cresceu 0,71%. "O mínimo crescimento que vem ocorrendo é insuficiente para responder às necessidades de expansão da economia gaúcha", afirmou o presidente da Fiergs, Renan Proença. Segundo ele, além disso está havendo inversão da tendência histórica de retomada das atividades nesta época do ano.

Vendas e compras são variáveis positivas no semestre, puxadas especialmente pelos setores ligados ao comércio exterior, tendência que, contudo, não deve se confirmar, na avaliação do coordenador da Assessoria Econômica da entidade, Igor Morais. As mesmas variáveis são igualmente responsáveis pela manutenção do desempenho industrial gaúcho ainda em crescimento. Segundo Morais, o crescimento da indústria tem sido inferior ao seu potencial, com evidentes reflexos sociais, como o mercado de trabalho. "A indústria de transformação gerou, no primeiro semestre deste ano, mil empregos menos do que em igual período do ano passado", informou.

Com o IDI de junho, o primeiro semestre de 2003 revelou-se positivo para os seguintes setores, todos ligados ao agronegócio ou às exportações: máquinas agrícolas (32,55%), material elétrico e de comunicação (25,95%), química (21,21%), fumo (14,73%) e borracha (14,30%). Os setores que menos cresceram são ligados ao mercado interno e dependem do poder aquisitivo da população: produtos alimentícios (-6,04%) e mobiliário (-3,56%).

07/08/2003 - 18h16

Presidente mantém agenda no Palácio do Planalto

Brasília, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou há pouco ao Palácio do Planalto, depois de participar, no Rio de Janeiro, do velório do presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho. Ainda hoje, o presidente recebe em audiência o ministro das Cidades, Olívio Dutra, e tem despachos internos. O presidente Lula desembarcou na Base Aérea de Brasília e seguiu de helicóptero para o Palácio do Planalto. O presidente não quis falar com os jornalistas que aguardavam a sua chegada.

Gabriela Guerreiro e Nelson Motta

07/08/2003 - 18h10

Transferências de recursos do Tesouro para municípios devem crescer 7,5% em agosto

Brasília, 07/08/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os municípios vão poder contar nos próximos meses com mais recursos do governo federal. As transferências constitucionais do Tesouro Nacional para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) devem aumentar 7,5%, em relação ao mesmo período do ano passado.

A projeção real, deflacionada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é uma estimativa da Secretaria do Tesouro Nacional. Segundo dados do Ministério da Fazenda, o crescimento nominal das transferências deve alcançar no período R$ 1,578 bilhão por causa da diminuição dos repasses para restituição do Imposto de Renda. Em agosto do ano passado, o Tesouro transferiu R$ 1,273 bilhão para os municípios. "Como pagamos menos restituições, a projeção é de sobrar mais dinheiro para os municípios", disse um dos técnicos do Tesouro Nacional, referindo-se a reprogramação da restituição.

De acordo com nota divulgada pela Secretaria do Tesouro, no primeiro semestre deste ano, as transferências alcançaram uma média mensal de R$ 1,71 bilhão - crescimento real de 8,4% (deflacionado pelo IPCA), em relação ao primeiro semestre do ano passado, cuja transferência média mensal alcançou R$ 1,36 bilhão. Para setembro e outubro, o Tesouro também estima um crescimento das transferências.

07/08/2003 - 18h00

Bovespa fecha em alta de 3,42% e dólar a menos de R$ 3,00

São Paulo, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O dólar fechou o dia cotado a R$ 2,982 para a compra e R$ 2,985 para a venda, baixa de 2,23%. A Bovespa fechou em alta de 3,42%. O risco-país, para completar o otimismo do dia, apresentou retração de 5,53%: 837 pontos.

Nem mesmo a rolagem de apenas 24,15%, do valor total de R$ 1,3 bilhão da dívida cambial, concluída hoje pelo Banco Central, conseguiu colocar o mercado para baixo. Segundo analistas, o responsável por isso é a reforma da Previdência. "O mercado externo está vendo com bons olhos essa briga do governo com os servidores em relação à reforma da Previdência", analisou Anderson de Oliveira Taquebaiashi, da Lira Corretora de Câmbio. Segundo ele, a valorização de hoje dos C-Bonds (títulos da dívida pública brasileira) e a diminuição do Risco Brasil demonstram "a confiança maior dos investidores, o que fez diminuir a procura por hedge, isto é, pela moeda norte-americana no caso.

Na Bovespa, foram negociados 137,461 milhões de títulos, no valor de R$ 775,376 milhões. As maiores altas foram NET PN (14,2%), Usiminas PNA (8,5%) e Celesc PNB (7,3%). Maiores baixas: Vale do Rio Doce ON (1,9%), Vale do Rio Doce PNA (1,8%) e Aracruz PNB (1,7%).

07/08/2003 - 17h59

Mais de 300 pessoas acompanharam enterro do jornalista Roberto Marinho

Rio, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O corpo do jornalista e empresário Roberto Marinho foi enterrado por volta das 16 horas no jazigo da família no cemitério São João Batista, zona sul do Rio de Janeiro. O presidente das Organizações Globo morreu ontem à noite, aos 98 anos, em decorrência de um edema pulmonar.

O enterro foi acompanhado por cerca de 300 pessoas, entre amigos, parentes, políticos, artistas e funcionários das Organizações Globo. A segurança reforçada, que impedia a entrada de jornalistas e curiosos, não foi suficiente. De longe, em cima dos túmulos, centenas de pessoas acompanharam o sepultamento. O cardeal Eugênio Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, fez uma oração em memória do jornalista. Pétalas de rosas foram jogadas sobre o caixão, seguido de uma salva de palmas ao baixar à sepultura. Um dos netos do jornalista cobriu o caixão com uma bandeira do Flamengo.

O cortejo do corpo até o cemitério foi feito em um carro de reportagem da Rede Globo, acompanhado de batedores da Polícia Militar e mais quatro carros da empresa. Por onde passava o cortejo era aplaudido. Cerca de 60 políciais garantiram a segurança do local.

07/08/2003 - 17h58

Derrota elimina dupla brasileira de tênis de mesa

Brasília, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Simone Fernandes e Carina Murashige foram eliminadas nas oitavas-de-final do torneio de duplas de tênis de mesa. Elas perderam para as americanas Tawny Bahn e Lily Yip por 4 a 0 (12/10, 11/4, 11/3 e 11/6), no Mirador del Este.

Para o técnico Serge Mimura, as asiáticas do time americano são muito fortes e eram as favoritas. "Arriscamos bastante no início como uma forma de pressão, mas elas são superiores tecnicamente e mais experientes", comentou o treinador.

Já quanto a derrota de Lígia Santos e Mariany Murashige para as chilenas Berta Rodriguez e Sofia Tepes, o treinador esperava um resultado melhor. "Ganhamos o último confronto e estava animado. As meninas, porém, entraram presas no jogo e quando se soltaram já era tarde demais".

07/08/2003 - 17h56

Gushiken destaca contribuição da obra de Roberto Marinho ao país

Brasília, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, divulgou nota de pesar pela morte do jornalista Roberto Marinho, em que destaca a contribuição da obra dele para a cultura e a unidade do país.

"Os quase cem anos de vida do jornalista Roberto Marinho parecem pouco diante da grandiosidade de sua obra.

As muitas homenagens que o Brasil presta hoje a esse brasileiro parecem pouco diante da importância de tudo que ele fez por seu País.

Junto com o pesar pelo seu falecimento, fica a certeza de que a formação cultural do nosso povo e o fortalecimento da unidade nacional estarão sempre ligados à Rede Globo de Televisão, obra maior de Roberto Marinho".

07/08/2003 - 17h49

Votação da Lei de Falências deve anteceder a da Reforma Tributária

Brasília, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A votação da Reforma Tributária deve atrasar pelo menos duas semanas em função do adiamento da votação de alguns destaques da Reforma da Previdência, que ficaram para semana que vem. Outro motivo para a demora será a votação de alterações no Código Tributário Nacional e a da Nova Lei de Falências, previstas para serem realizadas entre o primeiro e o segundo turno da previdenciária.

O deputado Paulo Bernardo (PT-PR), integrante da Comissão Especial da Reforma Tributária, acredita que da parte do governo está tudo certo para a aprovação da Lei de Falências - há mais de dez anos em discussão no Congresso -, que regulamenta o processo de recuperação judicial e a falência das empresas, mas ainda não há acordo com a oposição sobre alterações no Código Tributário.

As modificações no código são fundamentais para evitar problemas jurídicos no futuro. A bancada pefelista quer mudar a ordem de pagamentos para os créditos tributários (empréstimos e dívidas com o estado). Na proposta do governo, a cobrança dos créditos vem logo depois das dívidas com indenizações trabalhistas e salários. A versão do PFL mantém a prioridade para os créditos trabalhistas, mas prevê o pagamento para fornecedores e bancos antes do governo. "O PFL protocolou uma proposta de alteração do código diferente da apresentada pelo governo e esse detalhe pode atrasar um pouco a votação, que deve ser feita nominalmente pelos parlamentares", explicou o deputado.

Já a Reforma Tributária depende da reunião que acontece amanhã entre o presidente Lula e os governadores. Segundo Paulo Bernardo, a paralisação dos trabalhos foi estratégica para aguardar a aprovação da Reforma Previdenciária. "Nós preferimos suspender qualquer tratativa sobre a reforma tributária e ela será retomada na semana que vem. Falei com relator da proposta Virgílio Guimarães (PT-MG) e o líder (Aldo Rebelo PCdoB-SP) já está preparando o nosso grupo de atuação na reforma", revelou ele.

Paulo Bernardo disse, ainda, que o presidente da comissão, deputado Mussa Demes (PFL-PI), já convocou reunião para terça-feira (12) e o relatório final deve ser apresentado até o final da próxima semana.

07/08/2003 - 17h48

Vereador vítima de atentado morre no Rio

Rio, 7/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O vereador Carlos Lopes da Silva, o Carlinhos da Marmoria, de 40 anos, morreu agora à tarde no hospital das clínicas de Niterói, na região metropolitana do Grande Rio, onde estava internado. O vereador levou oito tiros disparados por dois motoqueiros na quarta-feira da semana passada (30), momentos depois de deixar à Câmara Municipal de São Gonçalo. As balas, de uma pistola automática, o atingiram na barriga, peito e maxilar. O corpo do vereador será velado no pátio da prefeitura de São Gonçalo. Com a morte de Carlinhos, assume a vaga o vereador Itamar de Souza, eleito pelo PDT.

Em janeiro de 2001, Carlinhos da Marmoraria sofreu outro atentado. Seu carro foi perfurado por vários disparos, mas o parlamentar escapou ileso.

Em junho deste ano, outro vereador de São Gonçalo, conhecido como Carlinhos do Posto morreu também vítima de emboscada.

07/08/2003 - 17h47

Vendas da indústria apresentam retração de 3,96% em junho

Rio,7/8/2003(Agencia Brasil-ABR) – As vendas reais da indústria em maio caíram no mês de junho 3,96% em relação a maio. A informação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou resultados dos indicadores industriais. As horas trabalhadas apresentaram uma queda de 2,64%. Se considerada a dessazonalidade, isto é, descontadas as características sazonais do período, as retrações, respectivamente, foram de 1,47% e 0,43%.

Na comparação com junho de 2002, os resultados apurados pela Unidade de Política Econômica da CNI, sobre as vendas reais industriais e e horas trabalhadas, foram do mesmo modo negativos ou próximos de zero, o que confirma, segundo o coordenador da Unidade, Flávio Castelo Branco, a trajetória de desaceleração da atividade econômica um pouco mais forte do que nos meses passados.

Com isso, o 1o. semestre fecha com um ritmo bem menor do que se esperava, sinalizando para a continuidade desse processo "se não houver reversão da política monetária rígida, da baixa liquidez e das taxas de juros elevadas", disse o especialista. É preciso, segundo ele, que a queda de juros seja mais audaciosa e se mexa nos compulsórios bancários porque a demanda das famílias continua muito fraca, e o poder de compra vem caindo.

Castelo Branco salientou, ainda, que em termos dos salários pagos pela indústria, houve uma pequena melhora (0,86%) em junho porque a inflação foi muito baixa. Admitiu que este deve continuar sendo um fator mais favorável nos próximos meses, tendo em vista os reajustes salariais que vão recuperar parcialmente a inflação passada. Flávio Castelo Branco frisou, todavia, que isso ocorrerá em um cenário de inflação reduzida.

Para que a atividade industrial se recupere, ele indicou a necessidade de um estímulo de fora num primeiro momento, que é a queda dos juros e, numa etapa seguinte, o estabelecimento de medidas para uma agenda de crescimento, de maneira a incentivar a compra de bens duráveis e melhorar as condições de financiamento para investimentos.

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