Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), mandou soltar hoje (20) Gleyb Ferreira da Cruz, suposto braço direito do esquema criminoso liderado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Gleyb está preso desde 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, que apurou esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste.
Gleyb é apontado nas investigações como laranja de empreendimentos de Cachoeira. Ele também aparece em interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal como o elo entre o empresário e o delegado da Polícia Federal Deuselino Valadares, acusado de ser sócio de Cachoeira em uma empresa de segurança.
Gleyb da Cruz é um dos últimos denunciados da Operação Monte Carlo ainda presos. Nas últimas semanas, a Justiça mandou soltar Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, apontado como espião do grupo, Lenine Araújo de Souza, suposto gerente do equema de exploração de jogos, e José Olimpio de Queiroga Neto, que, segundo investigações, também gerenciava os jogos e pagava propina a agentes públicos. O ex-vereador goiano Wladmir Garcez também foi solto na última sexta-feira.
Apesar de ter conseguido liberdade no processo da Monte Carlo, Cachoeira continua preso porque há outro mandado de prisão contra ele. O empresário é acusado de participar de fraudes na área de transporte público do Distrito Federal (DF), apuradas na Operação Saint-Michel, da Polícia Civil do Distrito Federal. O julgamento do pedido de habeas corpus de Cachoeira neste caso será julgado amanhã (21) no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Edição: Nádia Franco//Matéria ampliada às 17h57 para inclusão do nome do ex-vereador Wladmir Garcez entre os denunciados que foram soltos