Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A sessão para ouvir o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durou duas horas e meia, tempo em que o empresário permaneceu praticamente calado. Diante do silêncio de Cachoeira, personagem central de investigação realizada pela Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo sobre esquema de jogos ilegais em Goiás, o constrangimento dos integrantes da comissão era evidente.
Os parlamentares aprovaram, então, requerimento da senadora Kátia Abreu (PSD-TO) para que a sessão fosse suspensa.
Ao atender hoje (22) à convocação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o empresário decidiu não responder às perguntas dos integrantes da comissão orientado por seus advogados. Ele alegou que estava respondendo a uma investigação na Justiça e, por isso, se reservava ao direito de ficar calado.
"Estou aqui como manda a lei para responder o que for necessário. Constitucionalmente, fui advertido por meus advogados para não dizer nada e não falarei nada aqui. Somente depois da audiência que eu terei com o juiz, se eu, porventura, achar que eu devo contribuir, eu virei aqui para falar", disse Cachoeira.
Edição: Lana Cristina