Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas ouviu, na tarde de hoje (22), Maria José Rodrigues, presa em flagrante no último dia 7, acusada de tentar negociar o filho recém-nascido de uma adolescente em São Paulo.
A reunião, que seria aberta, ocorreu de forma reservada, a pedido do juiz corregedor Sérgio Serrano, do presídio feminino de Franco da Rocha, onde a acusada está presa. O motivo é que o processo corre em segredo de justiça.
Após a oitiva, o presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), disse que houve muita contradição e inconsistência no depoimento de Maria José.
“As explicações não convencem ninguém. Os argumentos alegados são risíveis. Nós chegamos ao entendimento de que há indícios de que ela faz parte de uma rede que atua no tráfico de pessoas para a Itália”.
De acordo com Jordy, a CPI vai pedir a quebra do sigilo bancário e telefônico de Maria José e, de acordo com o conteúdo, deve encaminhar pedido de indiciamento da acusada.
De acordo com o advogado de Maria José, Flávio de Almeida Garcia Carillho, ela queria apenas uma criança para criar e tentou fazer “uma adoção à brasileira”, ajudando a família da adolescente com roupas, sapatos e mantimentos. Segundo Carrillho, Maria José tinha intenção de procurar o Fórum para legalizar a adoção.
Maria José Rodrigues, de 53 anos, mora na Itália e tem cidadania italiana. Ela alega que conheceu a adolescente e queria dar uma vida melhor para a criança na Itália.
Edição: Fábio Massalli