Ação de improbidade cobra de envolvidos na Caixa de Pandora indenizações que somam R$ 1 milhão

01/10/2011 - 14h34


Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entrou com ação de improbidade administrativa na Justiça do Distrito Federal contra vários dos envolvidos na Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, entre eles, os ex-governadores do Distrito Federal (DF) José Roberto Arruda e Joaquim Roriz.

Diferentemente do que foi informado ontem (30) pela assessoria do MPDFT, a ação visa a obter indenização por danos morais de, pelo menos, R$ 750 mil e ressarcimento de R$ 250 mil referente a perdas do erário público. O órgão havia informado anteriormente que a ação pedia o bloqueio de R$ 1 milhão em bens dos acusados.

De acordo com o os promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas, responsáveis pela ação, o pedido de indenização por danos morais "visa a recompor a honra de uma cidade que é vista pelo restante do país como cidade de desonestos e corruptos". A ação também pede a suspensão dos direitos políticos e a proibição de contratar com o poder público e de ocupar cargos e funções públicos por 10 anos.

Além de Arruda e Roriz, as ações de improbidade citam o delator do esquema, Durval Barbosa, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do DF Domingos Lamoglia, o policial civil aposentado Marcelo Toledo e o ex-assessor do governo local Omézio Pontes.

Apesar de o escândalo ter derrubado o governo Arruda, o antecessor dele, Joaquim Roriz, está envolvido porque, segundo o MP, autorizou o pagamento de propina durante o governo dele devido à “iminência” da vitória do concorrente. A ação também informa que os outros deputados distritais envolvidos no esquema já estão respondendo a outras ações.

No final de 2009, a Operação Caixa de Pandora revelou um esquema de pagamento de propina no DF. O episódio derrubou o governo de José Roberto Arruda e levou à abertura de inquérito para averiguação de práticas criminosas. Na esfera criminal, o caso aguarda denúncia do Ministério Público Federal e tramita no Superior Tribunal de Justiça.

Edição: Vinicius Doria