França diz que ainda não é possível identificar causas do acidente com o avião da Air France

17/12/2009 - 17h38

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Mais de seis meses apóso Airbus A330 que fazia o voo 447 da companhia Air France cair noOceano Atlântico, matando as 228 pessoas, entre passageiros etripulantes, o Escritório de Investigações eAnálises francês (BEA), divulgou um novo relatóriosobre o acidente. As informações são da BBCBrasil. No documento apresentado hoje (17), em Paris, osinvestigadores afirmam que os sensores de velocidade (pitot)do avião teriam congelado durante o voo, mas que ainda nãoé possível estabelecer as causas do acidente. Segundo orelatório, o congelamento do instrumento teria sido apenas umdos fatores conjugados numa série de eventos que podem tercontribuído para que o avião caísse durante ovoo entre o Rio de Janeiro e Paris. “Neste estágio,apesar das análises extensivas realizadas pelo BEA com basenas informações disponíveis, ainda não épossível entender as causas e as circunstâncias doacidente", diz o relatório.Os investigadorestambém sugerem a adoção de novos padrõesde testes para os sensores. Segundo o BEA, o bloqueio dos pitotsprovocaria o envio de falsas medidas de velocidade para oscomputadores de bordo do avião. Antes do acidente, aAirbus já havia recomendado que as companhias que utilizamaviões com semelhante sistema de medição develocidade o substituíssem por outro modelo de tubos capazesde operar em temperaturas extremamente baixa sem o risco de congelar.Após a queda doAirbus A330, a própria Força Aérea Brasileira(FAB) atendeu a recomendação e substituiu oscomponentes do avião presidencial. Hoje, logo apósexplicarem que o Airbus voava a uma grande altitude através deuma zona tropical conhecida pelas formações de nuvensdensas, os investigadores ainda recomendaram uma análise maisprofunda da composição das massas de nuvens em grandealtitude pelas quais os aviões trafegam e uma reavaliaçãoda certificação das aeronaves que voam nestascondições.O relatório também pedemudanças para facilitar a localização dascaixas-pretas dos aviões, que registram os dados do voo. Atéhoje as caixas-pretas e boa parte da fuselagem da aeronave da AirFrance ainda não foram recuperadas. Os investigadores jádisseram que, sem as caixas-pretas, as causas definitivas do acidentenão serão conhecidas. As buscas pelos equipamentosdeverão ser retomadas no início de fevereiro.