Jucá quer fechar com líderes mais recursos para Orçamento de 2010

08/12/2009 - 17h37

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),disse que poderá apresentar, ainda nesta semana, uma nova reestimativa de receita para o Orçamento Geral daUnião (OGU) para o próximo ano. A mudança só será feita, no entanto, seo relator-geral do Orçamento, deputado Geraldo Magela (PT-DF), convencer os líderes amudarem a regra que destina os recursos de uma segunda reestimativa para emendas coletivas. O governo quer mais dinheiro, principalmente, para a saúde e para a educação.“Estouesperando o Geraldo Magela. Se precisar, vou fazer uma novareestimativa de receita. Eu falei com ele hoje e ele me disse que estátentando fechar um entendimento entre os líderes e me pediu queesperasse até a amanhã”. O líder disse ainda quepara fazer a reestimativa, não vai consultar o governo. “Se precisarvou fazer, isso é uma atribuição do Congresso. Depois o governoreclama”.Caso o relator reajuste o valor da receita, será a segunda mudança sobre a proposta do governo. Na primeira, Jucá destinou mais R$ 14,7 bilhões para o ano que vem. Magela disse que a situação está indefinida,mesmo depois de conversar com lideranças hoje, pela manhã. O deputado disse ainda que se o acordo para derrubar a resolução não forfechado, ele não pedirá à Jucá para mudar o parâmetro da receita. “Oobjetivo é destinar mais recursos para emendas individuais na área da saúde e da educação. Se isso não for possível, desistiremos de destinarmais dinheiro”.Ontem, o relator informou que as áreasde saúde e de agricultura, juntas, demandam R$ 10 bilhões para fechar os relatórios setoriais e que negociava com Jucá mais R$ 2,5 bilhões para asduas áreas. Na saúde, a dificuldades está em conseguir recursos para aassistência básica e para custear medicamentos de alto custo. Já para a agricultura, falta receita para a garantia de preço mínimo epara a vigilância sanitária. Magela quer receber todos osrelatórios setoriais nesta semana e colocar a propostaem votação no Plenário do Congresso na próxima quinta-feira, dia 17. Caso isso não ocorra, Magela vai propor que os deputados e senadores votem a proposta na semana do Natal.