Indústria de veículos de duas rodas evoluiu durante a crise, disse Miguel Jorge

08/10/2009 - 19h06

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge,afirmou hoje (8), após visitar o Salão Duas Rodas, na 10ª FeiraInternacional de Motocicletas, Bicicletas, Peças Equipamentos eAcessórios, que o setor evoluiu durante a crise econômica global.Ele ressaltou, no entanto, que ainda não ocorreu no setor a recuperaçãoda produção desejada pelo governo. “O setor, na melhordas hipóteses, deve ter uma redução de 15% nas vendas, mas, emtermos de tecnologia, há avanços importantes”, disse o ministro.Ele reforçou que é preciso trabalhar para recuperar as vendas,fazer com que o crédito volte para manter o crescimento observadoaté o ano passado no setor. Sobre apoio do governo à indústria de veículosde duas rodas, o ministro disse que já houve incentivos para osetor, com a eliminação da Contribuição para o Financiamento daSeguridade Social (Cofins). “Uma das vantagens das motos é quenão há Imposto sobre Produtos Industrializados [IPI], mas,quando vem a crise, não há a vantagem de poder fazer a redução doIPI, que tem impacto sobre o preço do produto.”Segundo ele, os ministérios do Desenvolvimento eda Fazenda vão tentar manter a desoneração da Cofins para veículosde duas rodas, para alavancar as vendas que ainda não voltaram aopatamar ideal para o setor. “Houve uma perda grande de produção,precisamos recuperar e fazer uma transição para a volta docrescimento que todos preveem para o ano que vem.”Na opinião de Miguel Jorge, o prazo ideal paradesoneração das motocicletas seria “para sempre', mas, comonegociar isso é difícil, o Ministério da Fazenda e a ReceitaFederal poderiam manter a desoneração pelo menos até dezembrodeste ano. “Isso quando nós já teremos realmente saído da crisee quando se prevê crescimento de 1,5% no Produto Interno Bruto [PIB,soma de todos os bens e serviços produzidos no país] comrelação ao terceiro trimestre. No ano que vem, o setor volta a voarsozinho”.O ministro disse que vê com alegria a retomada doemprego e que isso mostra a enorme diferença que o Brasil tem emcomparação com outros países. “Vamos criar cerca de 1 milhão deempregos em 2009. Já estamos com 600 mil, o que é um desempenhoextraordinário em relação à crise.”