Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao participar hoje (8) de evento que marca o Dia Nacional de Combate aosCartéis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o combate àprática anticompetitiva para redução dos custos de obras públicas. Eledestacou a atuação do Ministério da Justiça na busca por impedir a formação de cartelem licitações públicas. “A quantidade de obras que estamos fazendo, em uma livre concorrência, a gente pode, ter decara, uma economia de uns 10%, 11%. Permitirá igualmente garantir aqualidade dos produtos e serviços ofertados”, afirmou Lula, ao lado doministro da Justiça, Tarso Genro, na cerimônia realizada na sede doministério. O presidente cobrou também a aprovação, no Senado, doprojeto de lei que conclui a implementação do sistema brasileiro dedefesa da concorrência. Lula afirmou que o cartel é organizadopor pessoas de alto poder aquisitivo. “O cidadão que pratica cartel nãotem cara de bandido. É uma pessoa que, você olhando a fisionomia dele,pensa que está diante do maior defensor do livre comércio, de gente dobem. Não tem cara de malandro”, disse. De acordo com oMinistério da Justiça, 34 executivos já foram condenados criminalmentepela prática no país desde 2003. Atualmente, cerca de 100 deles sãoinvestigados.Ainda sob o impacto da escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, o presidente disse que ficou com “dó” do presidente dos Estados Unidos, BarackObama, e do primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Zapatero, peladerrota. O Rio venceu as concorrentes Chicago e Madri, além dacapital japonesa, Tóquio. “Confesso a vocês que depois da vitória,fiquei com dó do Obama e do Zapatero. Quando você ganha de um amigo,você sempre fica chateado. Mas eles não deveriam ganhar, tinha que sero Brasil”, disse, na cerimônia.