Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU), afirmou há pouco que o órgão vai auxiliar o Ministério da Educação (MEC) a recuperar o prejuízo causado aos cofres públicos pelo roubo e posterior vazamento do conteúdo das provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
Segundo o ministro, “felizmente” a ajuda irá se restringir à apuração dos prejuízos, já que, até o momento, não há qualquer indício de participação de servidores públicos no episódio.
“Nossa atuação, no momento, é na área de apuração do prejuízo e das providências que o ministério [MEC] deve tomar para recuperar o valor pago [ao Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção – Connasel, contratado para realizar o exame por R$ 116 milhões]", afirmou o ministro durante a comemoração do Dia Nacional do Combate a Cartéis, em Brasília.
Hage disse que a pedido do próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, a CGU já vem participando de reuniões realizadas pelo MEC com o intuito de discutir o roubo e as providências para a realização da prova, remarcada para os dias 5 e 6 de dezembro.
Ontem (7), o Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou que, a pedido de Hage, vai abrir uma investigação para apurar o adiamento da prova e os gastos públicos envolvidos com a mudança. Segundo o ministro da Educação, o prejuízo ultrapassa os R$ 38 milhões já pagos a Connasel pelos custos de impressão da prova que seria aplicada a cerca de 4,5 milhões de estudantes. A partir deste ano, o Enem é requisito para a entrada em pelo menos 40 universidades federais, além de ser necessário para quem disputa uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni).