Pré-sal, Copa e Olimpíadas colocam Brasil em novo patamar de negócios, avalia Abdib

02/10/2009 - 18h03

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O anúncio dasOlimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro animou o setor deindústria pesada. O presidente da AssociaçãoBrasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib),Paulo Godoy, avaliou que juntamente com o pré-sal e a Copa doMundo de 2014, os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro colocam oBrasil em um novo patamar na rota de negócios internacionais. “O Brasil tem nohorizonte perspectivas extremamente positivas de investimentos emáreas como de infraestrutura, da indústria e de serviços.O desenvolvimento das reservas de óleo e gás na camadapré-sal, a organização da Copa do Mundo de 2014e agora a dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro colocamdefinitivamente o país na rota dos negóciosinternacionais e consolidam a imagem de uma nação capazde enfrentar os desafios e entrar no grupo das economias maisdesenvolvidas”, comemorou Paulo Godoy por meio de nota.O presidente da Abdib argumentou quesomente o pré-sal deve movimentar US$ 440 bilhões nolongo prazo, em desenvolvimento de tecnologia, na ampliaçãoda capacidade instalada da indústria, na construçãode estaleiros e na formação de mão de obra. “Osbenefícios desses investimentos e negócios acabarãosendo distribuídos para toda a populaçãobrasileira em todos os estados”, disse.“Já aorganização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicosexigirá também um volume significativo de recursos e acapacidade de estruturar o financiamento e as garantias para essesempréstimos. Os investimentos vão resultar em novasinstalações esportivas, na infraestrutura de transporte ede telecomunicações, na segurança no fornecimentode eletricidade e na eficiência, qualidade e agilidade nos serviçosde segurança, saúde, hotelaria e turismo”, afirmou.Godoyavalia que, na soma, o Brasil tem uma perspectiva concreta de atrairbilhões em investimentos e, com isso, gerar negócios,empregos e renda. “Para se ater apenasno exemplo mais recente, um estudo encomendado pelo governo federalbuscou calcular os impactos econômicos dos Jogos Olímpicose Paraolímpicos no Rio de Janeiro a partir dos valores deinvestimentos previstos pela candidatura fluminense, de US$ 14,4bilhões. Esses recursos podem render US$ 51,1 bilhõesem movimentação econômica em diversos setores,120 mil empregos diretos e indiretos anualmente durante a fase depreparativos e realização dos Jogos e 130 mil empregosanuais no período posterior às Olimpíadas”,estimou.O presidente da Abdib considerou que,para organizar os dois mais importantes eventos esportivos do mundo,o Brasil tem de ter ambição e razoabilidade ao mesmotempo, de forma que seja possível atender àsnecessidades dos atletas e dos turistas no tempo adequado e com aqualidade exigida e deixar bons serviços e infraestruturaà disposição da população após os eventos.“O planejamento paraconstruir toda a infraestrutura precisa ser acompanhado de um modelode gestão capaz de garantir que as instalaçõesestejam prontas no prazo adequado, com os custos previstos e com osbenefícios esperados, com responsabilidade nos momentos dedimensionar os investimentos e equacionar os financiamentos", afirmou por meio de nota.