"Ministério da Saúde fecha se não tiver CPMF", diz Temporão

17/10/2007 - 0h18

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Internações, cirurgias e exames especializados no Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser prejudicados caso a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não seja aprovada. A avaliação é do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. "O Ministério da Saúde fecha se não tiver CPMF ano que vem", afirmou Temporão, em entrevista à Radiobrás. "Todos os 11 milhões de internações que vão acontecer este ano não poderão acontecer ano que vem. Então, a população não vai poder ser internada. Todas as cirurgias realizadas pelo Sistema Único de Saúde são financiadas pela CPMF. Então não vamos poder operar ninguém. Todos os exames especializados que o Sistema Único de Saúde faz são financiados pela CPMF", argumentou o ministro. Segundo Temporão, o orçamento estimado para o Ministério da Saúde em 2008 é de R$ 48 bilhões.Hoje (17) o presidente da República em exercício, José Alencar, disse não ser favorável à CPMF. Mas afirmou que o governo não tem como abrir mão do imposto neste momento. A proposta de emenda à Constituição que prorroga a CPMF até 2011 ainda deve ser votada no Senado.