Flávia Martin
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A operação de hoje (17) na Favela da Coréia, em Senador Camará, na zona Oeste da cidade, foi avaliada de forma positiva pelo secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, que confirmou operações semelhantes em outras favelas cariocas.O secretário afirmou que o objetivo das incursões policiais nas favelas é enfraquecer o poder de fogo das facções criminosas. "A nossa instrução nunca é de matar, nunca é de usar a política do fuzil. A nossa preocupação é desarmar o núcleo criminoso e apresentar à sociedade as nossas motivações", disse.O chefe da Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, também considerou bem-sucedida a ação na favela, mas lamentou a morte de um agente da Polinter que participava da operação, com cerca de 350 policiais. Ribeiro informou ainda que, em operações desse porte, só há feridos quando há reação por parte dos criminosos. "Não há como evitar, em uma operação deste tamanho, que um policial seja ferido. O que podemos fazer, e temos feito, é um planejamento prévio e um levantamento de informações necessárias sobre o nosso alvo", argumentou.Um novo sistema de investigação da Coordenadoria de Informação e Inteligência da Polícia Civil (Cinpol) foi inaugurado hoje, com o objetivo de monitorar possíveis fraudes nas escutas telefônicas durante a própria investigação. Segundo o titular da Cinpol, Rivaldo Barbosa, esses equipamentos já são usados pela Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).