Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Apesar de 2005 ter registrado redução de 17,8% no número de falências decretadas em relação a 2004, os números podem não ser tão positivos neste ano.
De acordo com o assessor econômico do Serasa (empresa privada de análise de dados financeiros), Carlos Henrique de Almeida, a redução em 2005 se deveu à expectativa de crescimento econômico do país.
Almeida explica que, com a queda da atividade econômica dos terceiro e quarto trimestres, as empresas podem ter tido dificuldades que ainda se refletirão nas estatísticas de 2006. Esse reflexo não é imediato porque as falências e concordatas têm um processo relativamente lento na justiça.
O crescimento de 14% da inadimplência registrado até novembro de 2005 é outro fator que pode aumentar a quantidade de falências, concordatas e recuperação judicial neste ano.
O assessor econômico do Serasa aponta ainda que o crédito para pessoa jurídica até novembro de 2005 tinha um crescimento anual de 12,83% e a inadimplência de 14%. "Isso significa que podemos ter alguns problemas, sobretudo para as pequenas e médias empresas que são mais dependentes de recursos de terceiros para seu capital de giro nesse ambiente de juros muito elevados", analisou.