Títulos de eleitor e carteira de identidade dos haitianos foram feitos no México

15/01/2006 - 15h26

Aloisio Milani e Érica Santana
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – No processo de organização das eleições no Haiti, uma das principais dificuldades das autoridades foi o recastramento dos eleitores do país. A maioria da população do país mais pobre das Américas não tinha sequer carteiras de identidade. Com apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e Organização das Nações Unidas (ONU) foi realizado um recadastramento para a produção de documentos que incluíam títulos eleitorais e identidade. O primeiro turno da votação está marcado para o dia 7 de fevereiro, depois de ter sido adiado três vezes.

"Todos os adiamentos foram devidos a dificuldades organizacionais porque o país é difícil. As estradas são muito precárias, as comunicações são muito difíceis, e as carteiras de identidade foram feitas no México. Não havia uma empresa no país que pudesse fazer, então houve atrasos depois na vinda das próprias carteiras", explica o diplomata brasileiro Igor Kipman. "Hoje, graças ao esforço da comunidade internacional, já há 3,5 milhões de haitianos com carteira de identidade. Ou seja, com um documento de identificação que funciona também como título de eleitor."