Brasília, 14/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Polícia Federal (PF) realizou hoje mais quatro prisões, aumentando de sete para onze o número de funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) envolvidos em um esquema de tráfico internacional de artesanato indígena.
Segundo informações da assessoria de imprensa da PF, a quadrilha é composta por funcionários lotados em Brasília, no Pará, em Rondônia e no Mato Grosso com a participação e envolvimento de índios desses estados. A Polícia Federal acredita também no envolvimento de um iuguslavo casado com uma brasileira, que já se encontra preso na Europa por tráfico internacional de animais silvestres.
Trata-se da 'Operação Pindorama', que investiga o esquema há mais de um ano e quatro meses. Segundo a PF, o tráfico de artesanato é mais fácil porque os índios são autorizados a caçar animais e comercializar produtos para seu sustento e facilita o acesso dos traficantes às matérias-primas mais valiosas no mercado internacional como o casco de tartarugas, penas de aves, principalmente de arara, e dentes de macaco e onça, as mais cobiçadas.
À tarde, a Polícia Federal deve realizar uma coletiva com a imprensa para detalhar a operação e divulgar as peças apreendidas.