Rio, 30/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Ferozmente atacado por seu espírito obstinado e à frente do seu tempo, um dos mais importantes médicos sanitaristas da história da saúde pública brasileira é lembrado e revivido em vídeo, livro, exposição e almanaques culturais. Quase 90 anos após sua morte, Oswaldo Cruz é o homenageado deste ano do Projeto Memória. O vídeodocumentário e o livro fotobiográfico sobre a vida e a obra de Cruz, que serão distribuídos gratuitamente para cinco mil bibliotecas e videotecas brasileiras, serão lançados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio, na próxima segunda-feira (04/08), às 19h.
Criado em 1997, o Projeto Memória – uma parceria entre a Fundação Banco do Brasil e a Odebrecht - traz à tona vida e obra de personalidades e fatos que marcaram a história do país. A edição deste ano, que homenageia o sanitarista que implantou campanhas de saúde pública no Brasil do início do século XX, conta com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Dirigido por Sílvio Tendler, o vídeo traz os atores Marcos Palmeira e Giulia Gam no papel do casal Oswaldo Cruz e Emília da Fonseca e usa o Castelo de Manguinhos, no Rio, onde o médico e sanitarista ajudou a construir e onde passou grande parte de sua vida profissional, como locação. Lançado também este ano como parte do Projeto Memória, um kit pedagógico também foi distribuído em escolas públicas de todo o país com exemplares do almanaque histórico Oswaldo Cruz, o médico do Brasil, cartazes e manuais para orientar professores em como utilizar o material no aprendizado. O CCBB fica na Rua Primeiro de Março 66, no Centro.
Oswaldo Cruz - Celebrado pelo controle da febre amarela, que virou epidemia no Rio de Janeiro no final do século XIX, Oswaldo Cruz foi um divisor de águas para a saúde pública nacional. Além de ter implementado a vacinação obrigatória, o que provocou violenta rebelião – a Revolta da Vacina - na época, o médico promoveu expedições científicas que mapearam as principais questões da saúde em todo o Brasil, o que gerou numerosos estudos e pesquisas. Um dos maiores legados do sanitarista é a Fiocruz, a maior instituição de pesquisa biomédica da América Latina
