Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou hoje (11) com uma ação civil pública contra o estado para impedir que leitos psiquiátricos sejam usados para o tratamento de dependentes químicos. A ação diz respeito ao procedimento adotado, desde janeiro deste ano, no Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental (Caism) Philippe Pinel que destinou os 63 leitos existentes exclusivamente para os usuários de drogas.
A medida foi tomada após o anúncio do projeto do governo estadual que visa a agilizar a internação de dependentes químicos. “Queremos que o Caism, que foi sempre um hospital que atendia de forma muito eficiente os pacientes em surto psicótico, retorne a sua original função. Os profissionais e a atual estrutura do hospital não têm condições de continuar atendendo dependentes químicos”, explicou o promotor Arthur Pinto Filho, da área de Saúde Pública.
Na avaliação do promotor, a decisão administrativa não permite que nenhum dos pacientes, psicóticos ou dependentes químicos, sejam atendidos de forma adequada. “Eles passaram a atender dependentes com um período de internação de 30 dias. Sem nenhum tipo de análise individualizada. Não recebe atendimento psiquiátrico, psicológico”, apontou. Ele destacou que o tempo adequado de internação seria de cerca de seis meses.
Edição: Carolina Pimentel
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