Leandra Felipe
Correspondente Agência Brasil/EBC
Bogotá - O presidente colombiano, disse hoje (18), após uma reunião ministerial, que está "esperançoso e confiante" de que a Colômbia poderá chegar a um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) até o final deste ano. Segundo Santos, a mesa de negociações em Havana (Cuba) - iniciada em novembro do ano passado - está avançando em ambas as partes (governo e guerrilha). O presidente disse que os partidos políticos que fazem parte da chamada Unidade Nacional expressaram apoio ao processo.
"As negociações de paz estão marchando na direção correta", disse Santos. Segundo ele, o processo vem recebendo igual apoio da comunidade internacional, "expresso por diversos países".
As Farc também deram declarações otimistas sobre as negociações. Neste domingo (17), Rodrigo Granda, conhecido como Chanceler das Farc, disse que o processo avançou bastante.
Embora as negociações avancem, o Ministério da Defesa colombiano e as Farc continuam trocando acusações. O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, disse que é "ridículo pensar que as Farc não atuem como narcotraficantes". No fim de semana, o governo destruiu um laboratório de produção de cocaína, supostamente da Frente 60 da guerrilha. As Farc, no entanto, negam a prática do narcotráfico.
Apesar do tom duro de Pinzón parecer "destoar" do discurso esperançoso sobre a paz do presidente Santos, analistas colombianos acreditam que isso faça parte da negociação. Comentários de analistas sobre o conflito armado avaliam que as palavras de Pinzón agradam aos colombianos que acreditam na guerra como saída para o conflito.
"Se o governo não endurece o tom por algum canal, isso fica a cargo somente dos críticos e opositores do governo, entre eles o ex-presidente Álvaro Uribe", disse o coordenador da organização não governamental Novo Arco Íris, Ariel Ávila.
Além de liderar a tentativa do processo de paz, Juan Manuel Santos, também se prepara para as eleições de maio de 2014. O presidente ainda não se declarou candidato, mas acredita-se que ele deverá tentar a reeleição, mas desta vez, sem o apoio de seu antecessor Uribe, que o apoiou no pleito de 2010.
Edição: Fábio Massalli
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