Venda de veículos cai em janeiro, mas é recorde para o mês, diz Anfavea

06/02/2013 - 16h09

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, disse que o resultado das vendas de janeiro, apesar de ter sido inferior ao de dezembro em 13,3%, foi recorde em relação aos meses de janeiro anteriores.

Na comparação com janeiro do ano passado houve elevação de 16,1%, ao passar de 268 mil 273 unidades para 311 mil 453. “O mês de janeiro foi bom porque foi aplicada uma pequena parcela do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que permitiu que os consumidores, com os preços e juros baixos, pudessem comprar”

A produção registrou aumento na comparação dos meses de janeiro de um ano para o outro ao passar de 211 mil 764 unidades para 279 mil 332 (31,9%). Para Cledorvino Belini este é um sinal de que o país está na rota do crescimento, e de que a produção de veículos deve crescer 4,5% ao ano.

“A produção [de janeiro] se deve ao fato de que as vendas de dezembro foram altas e os estoques estavam baixos. Muitas montadoras não tiveram férias para repor os estoques, e não haver desabastecimento”. Na comparação com dezembro, a produção subiu 7,7%, disse.

O presidente da associação ressaltou que as exportações devem continuar em ritmo de queda. Na comparação com dezembro houve redução de 12% (de 41.194 unidades para 36.232). “Temos que trabalhar para que haja encomendas e competitividade. Esse é o nosso grande desafio”.

O número de empregados nas fábricas de veículos cresceu 4,0% ante janeiro do ano passado, com a contratação de 150.870 pessoas. Na comparação com dezembro o crescimento foi de 0,9%. “O cenário tem sido positivo. Eu acredito que agora deve estar estabilizado para o nível de produção atual e imagino que deve continuar positivo durante o ano”.

Cledorvino Belini prevê que em fevereiro haja uma pequena queda das vendas em função da semana de carnaval, pois, segundo ele, normalmente o mês no qual a festa é comemorada sempre registra decréscimo.

 

Edição Beto Coura

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