Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A promotora Eliana Passarelli, do Ministério Público do Estado de São Paulo, denunciou 72 pessoas por formação de quadrilha, danos ao patrimônio público, incluindo crime de pichações, no episódio de ocupação do prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP), ocorrida em 2011. A maioria dos denunciados é estudantes e há também quatro funcionários da universidade.
Um dos nomes citados no ofício encaminhado ao Foro Regional de Pinheiros, na zona oeste da cidade, é o da diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Diana de Oliveira. Ela considera que a medida fere o princípio da democracia e “criminaliza os movimentos sociais”, em um ato “que não se via desde o período da ditadura militar”.
Ela se mostrou surpreendida com a denúncia, e lembrou a punição definida, na semana passada, por uma comissão interna da USP, de 5 a 15 dias de suspensão.
Diana Oliveira inocentou os envolvidos dizendo que os desdobramentos do caso foram provocados pela repressão policial. Ela informou que os advogados do movimento só vão se pronunciar após estudar a tese de defesa.
Na época,73 estudantes chegaram a ser presos em flagrante acusados de desobediência, danos ao patrimônio público e crime ambiental e foram encaminhados ao 91º Distrito Policial, na Vila Leopoldina. Eles ocuparam o prédio da reitoria em protesto contra a presença de policiais militares no campus da universidade.
Edição: Juliana Andrade
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