Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Considerada a maior festa a céu aberto do mundo, o réveillon de Copacabana, na zona sul da capital fluminense, celebrará este ano o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido à capital pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no mês de junho. O tema deste ano é Mais Motivos Para Sorrir.
São esperados cerca de 2 milhões de pessoas na orla de Copacabana que, pela primeira vez, apresentará jogos de luzes projetados diretamente das balsas onde ocorre a queima dos fogos. A grande novidade deste ano é que, por 16 minutos, o público poderá acompanhar o espetáculo sincronizado de luzes no céu, os fogos de artifício e a trilha sonora composta especialmente para o evento. A iluminação será usada como contraste e complemento às cores dos fogos. Serão 16 equipamentos de iluminação com LEDs (light-emitting diodes, diodos emissores de luz, em português), localizados próximos às balsas, como é feito pelos principais parques temáticos do mundo.
Segundo o secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, a escolha do tema deste ano foi motivada por um clima de expectativa que a cidade vive atualmente. “Fomos a primeira cidade do mundo a ganhar o título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana e receberemos grandes eventos de projeção internacional nos próximos anos. Nunca tivemos tantos motivos para incentivar o otimismo”, disse o secretário.
Em Copacabana, o show da virada conta com quatro palcos que vão receber artistas renomados como Diogo Nogueira, Claudia Leite e Baby do Brasil, os grupos de pagode Revelação e Sorriso Maroto, entre outros. Uma outra novidade é que os shows terão programação sem intervalos. De acordo com a organização do evento, a ideia que o palco principal seja interativo e não pare em nenhum momento. Enquanto o palco principal está se preparando para a próxima atração, dois palcos anexos vão entreter o público até o final do evento.
De acordo com a Riotur, o palco principal terá 10 metros a mais que o do ano passado, totalizando 65 metros, onde serão utilizados minipads de LEDs trazidos da Bélgica e que vão ocupar todo o fundo do palco. O equipamento é o mesmo dos Jogos Olímpicos de Londres e será utilizado pela primeira vez no Brasil.
Este ano, a tradicional queima de fogos terá também um efeito novo, denominado “sino de vento”, que reproduzirá confetes brilhantes que demoram cerca de 10 segundos para cair do céu. Serão ao todo 11 balsas, com 2.230 bombas cada, somando 24 toneladas de fogos de artifício. Haverá 300 banheiros químicos distribuídos pela orla, 30 postos de policiamento, 26 unidades de tratamento intensivo (UTIs) móveis e quatro postos médicos.
Em outros pontos da cidade serão montados também palcos ao ar livre com artistas populares. O Parque de Madureira, na zona norte, terá este ano seu primeiro réveillon. Acontecerão festas também no Flamengo, na zona sul; no Piscinão de Ramos, na Penha, na Ilha do Governador, na zona norte; Pedra de Guaratiba e Sepetiba, na zona oeste e na Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara. Haverá ainda queima de fogos, mas sem palco para shows no bairro de São Conrado e na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio.
Edição: Fernando Fraga