Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Sindicalistas e metalúrgicos da fábrica da General Motors de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, viajaram hoje (27), em três ônibus lotados, daquela cidade até a capital paulista para defender a manutenção do emprego de um grupo de trabalhadores com as atividades suspensas por excedente de mão de obra. A caravana seguiu rumo à entrada do Salão do Automóvel, no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, onde promoveram uma manifestação
“Não, não, não. Não à demissão”, entoavam eles estendendo cartazes e faixas em meio à grande movimentação do público que chegava ou saia do evento, que deve receber, até o próximo dia 4, 750 mil visitantes. Uma das faixa dizia :“Dilma, empresa que faz importação não pode fazer demissão”.
No final do primeiro semestre, a montadora decidiu reduzir as atividades naquela fábrica, o que causou um excedente de l.840 contratados. Desses, 250 já aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV), que continua aberto enquanto prosseguem as rodadas de negociações entre os representantes dos trabalhadores e da montadora em busca de uma solução para impasse.
A empresa assumiu o compromisso de manter, temporiamente, 900 empregados na linha de montagem do Classic e outros 940 no chamado sistema lay-off (contratos de trabalho suspensos), em que os metalúrgicos continuam a receber os seus salários mesmo sem estar trabalhando. O acordo terminaria no final de novembro, mas foi prorrogado até 26 de janeiro de 2013.
Edição: José Romildo