Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Com 256.513 votantes, Jundiaí é um dos três municípios brasileiros onde os eleitores terão identificação biométrica no segundo turno. Porém, no primeiro turno, houve atraso por causa do novo sistema de identificação. Na Escola Estadual Rafael de Oliveira, por exemplo, a maioria das 11 salas de votação registrava filas de até 50 pessoas e eleitores relataram demora de até 40 minutos para entrar.
Segundo o chefe do Cartório Eleitoral da 65ª Zona, Vasco José Monteiro, os problemas foram pontuais e ocorreram devido à inexperiência de mesários e eleitores no uso do novo equipamento. “O eleitor, às vezes, não sabe posicionar o dedo, isso atrasa [o processo]. Mas a eleição [com identificação biométrica] foi um sucesso”, disse ele.
No primeiro turno, mesários informaram que o leitor biométrico acoplado à urna eletrônica apresentava problemas para executar a leitura das digitais na primeira tentativa. Monteiro admitiu que houve dificuldade com algumas urnas no reconhecimento imediato das digitais, mas isso, segundo ele, será corrigido por meio de calibragem para a votação neste domingo (28).
De acordo com Monteiro, das 280 urnas com identificação biométrica usadas na 65ª Zona, apenas uma precisou ser substituída. A urna que apresentou defeito estava em Itupeva, outro município paulista que integra a 65ª Zona, onde as eleições deste ano também tiveram o reconhecimento biométrico. Itupeva tem 31.426 eleitores.
Além de Jundiaí, Curitiba, que tem 1.171.059 eleitores, e Porto Velho, com 277.384 votantes, usarão o sistema de identificação biométrica no segundo turno. Nos três municípios, 1,7 milhão de eleitores serão identificados por impressão digital nas eleições, o que equivale a cerca de 5,5% do número total de votantes do país.
De acordo com o TSE, 299 municípios brasileiros, em 24 estados, tiveram reconhecimento biométrico no primeiro turno. No total, participaram 7,7 milhões de pessoas em todo o país. A expectativa é que o sistema de identificação biométrica esteja implementado no Brasil todo até 2018.
Edição: Nádia Franco