Carina Dourado
Enviada Especial da EBC
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Caracas (Venezuela) e Brasília – Na Venezuela, as mais de 39 mil zonas eleitorais abriram hoje (7) às 6h e muitos eleitores já estavam de plantão para garantir os primeiros lugares na fila. A expectativa é que 14 milhões de eleitores votem no país. Em Caracas, a capital venezuelana, os transportes públicos funcionam gratuitamente. Segundo as autoridades, a medida é uma forma de facilitar o acesso dos eleitores aos centros de votação.
Os principais candidatos à Presidência da República deixaram para votar no final desta manhã. O atual presidente Hugo Chávez, que tenta o terceiro mandato, deve votar às 10h (11h30 de Brasília), e o opositor Henrique Capriles, às 12h30 (14h de Brasília). Ambos votarão em Caracas, mas em locais distintos.
As eleições na Venezuela registram um momento diferente na política nacional, pois as pesquisas de intenções de voto mostram o eleitorado dividido entre Chávez e Capriles. No país, não há segundo turno. O vitorioso é aquele que obtiver o maior número de votos independentemente do percentual alcançado.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o equivalente à Justiça Eleitoral, informou que 54% das urnas eleitorais serão auditadas fisicamente quando são abertas e os votos contados individualmente, afastando a hipótese da dúvida. A votação no país é informatizada.
Há, ainda, 3.435 observadores internacionais, inclusive três brasileiros - o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, foi convidado pelo governo venezuelano, o alto representante do Mercosul, Ivan Ramalho, e o diplomata Clemente Baena Soares, do Departamento de América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty.
Ontem (6) à noite a presidenta do CNE, Tibisay Lucena, condenou os resultados de boca de urna no país em cadeia nacional de rádio e televisão. “Não permitiremos nenhum resultado adiantado por porta-vozes não autorizados e aplicaremos imediatamente as medidas sancionadas a esses casos”, disse.
Na Venezuela, segundo as autoridades, o resultado só é anunciado quando não é mais reversível. Tibisay Lucena disse que o modelo eleitoral venezuelano é reconhecido como uma ferramenta para o exercício da soberania popular. Segundo ela, o processo eleitoral está mais rápido e mais seguro.
Edição: Lílian Beraldo
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