Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A crise na Síria é tema de uma reunião extraordinária hoje (14) em Meca, na Arábia Saudita, entre representantes de 57 países que fazem parte da Organização de Cooperação Islâmica (OCI). Líderes regionais pressionam pela suspensão da Síria do grupo, mas o Irã resiste à proposta e defende a manutenção. Durante a cúpula será abordado também o processo de paz entre Israel e a Palestina.
Defendem a suspensão da Síria da organização, a Arábia Saudita e o Catar. O Irã faz campanha para evitar a restrição aos sírios. O secretário-geral da organização, Ekmeleddin Ihsanoglu, disse que o agravamento da violência na região é tema prioritário do debate.
O presidente do Conselho Nacional Sírio, principal movimento da oposição, Abdel Basset Sayda, pediu à organização que adote uma “posição firme para pôr fim aos massacres diários”. O conselho defende a imediata renúncia do presidente sírio, Bashar Al Assad, e de sua equipe. Também quer a adoção de uma área de exclusão área.
"[O ideal é adotar] duas zonas de exclusão aérea, no Norte, perto da fronteira turca, e no Sul, próximo à Jordânia", disse Sayda. "[É necessário ainda criar] locais seguros para os refugiados e corredores humanitários", acrescentou.
Em Teerã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, reiterou que o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahamdinejah, não aceitará de “maneira alguma” a suspensão da Síria da OCI. Segundo ele, Assad é alvo de uma série de conspirações lideradas por estrangeiros.
Há 17 meses, a Síria vive sob clima de guerra. Mais de 20 mil pessoas morreram nesse período, de acordo com organizações não governamentais. Os manifestantes pedem a renúncia de Assad, o fim das violações de direitos humanos e mais liberdade. O governo reage com pressão e repressão, segundo organizações não governamentais.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Graça Adjuto