Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão adiou para a próxima sexta-feira (17) a apresentação de uma contraproposta à reivindicação da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) para equiparação de salários.
A entidade quer a equiparação salarial de cerca de 500 mil servidores de nível superior, de 18 setores, enquadrados no Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) aos planos de carreiras contemplados pela Lei 12.277 – que trata dos rendimentos de funcionários do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), das Forças Armadas, do Sistema Único de Saúde (SUS) e outros.
Os trabalhadores pedem a equiparação de carreiras para repor perdas salarias e melhorar as condições de trabalho. Atualmente, as carreiras de nível superior do PGPE têm rendimentos que variam entre R$ 3.225,42 e R$ 5.650,00. Caso sejam enquadrados na Lei 12.277, os salários passarão a ter piso de R$ 5.460 e teto de R$ 10.209.
Hoje (14), o ministério recebeu representantes do Condsef para uma reunião sobre o tema, mas não houve conclusão. Há aproximadamente dois meses, mais de 30 setores do funcionalismo público estão paralisados. De acordo com a assessoria do ministério, o impacto orçamentário da proposta da confederação será avaliado. A pasta pretende fazer uma contraproposta na próxima reunião.
“A maior massa do funcionalismo está concentrada nesta proposta. Vão apresentar [representantes do ministério] uma contraproposta, que já disseram estar possivelmente distante do que pedimos. Vamos ver para então avaliar o que vamos fazer”, disse o secretário de imprensa e comunicação do Condsef, Sérgio Ronaldo.
Segundo ele, a equiparação dos planos de carreira é uma das questões fundamentais para os servidores. “Resolvendo essa parte, se resolvem 80% dos conflitos que estão instalados”, informou.
Edição: Carolina Pimentel