Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Para dificultar a circulação de mercadorias piratas no município do Rio de Janeiro, 500 guardas municipais participam hoje (14) e amanhã (15) de um treinamento de combate ao contrabando. No curso promovido pelo Conselho Nacional de Combate a Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), do Ministério da Justiça, os agentes irão receber orientações sobre como identificar produtos falsificados.
Segundo o comandante da Guarda Municipal, coronel Henrique Lima de Castro, o treinamento consiste em aulas em laboratórios e salas de oficina para que o agente saiba diferenciar um produto verdadeiro de um falso durante a fiscalização. "Nós acreditamos que, a partir de agora, podemos capacitar os guardas para que eles reconheçam e saibam diferenciar um produto do outro. Se a pessoa não tiver informações técnicas, vai comprar um tênis falsificado pensando estar comprando um original", disse.
Com o curso, os agentes terão informações sobre o impacto negativo da mercadoria ilegal no mercado e comércio. "Sabemos que as grandes cidades do mundo têm esse tipo de problema. É importante que as pessoas que estão trabalhando no ordenamento da cidade, na segurança, possam também reconhecer esses materiais e saber do problema econômico que é gerado pela decadência das indústrias em função desses produtos paralelos que circulam no município”, explicou.
O coronel antecipou que, no próximo ano, as unidades de Ordem Pública (UOPs), criadas para garantir a ordem no município, serão ampliadas. "Não temos uma unidade que cuida do centro. Para 2013, iremos inaugurar as outras unidades que irão resolver quase 100%¨dos problemas na cidade." O município do Rio de Janeiro tem hoje quatro UOPs, localizadas nos bairros da Tijuca, do centro, do Leblon e de Ipanema.
A capacitação dos guardas municipais faz parte do Plano Nacional de Combate à Pirataria, lançado pelo Ministério da Justiça em 2008. Em abril deste ano, o Rio foi incorporou ao grupo de cidades participantes do projeto Cidade Livre de Pirataria, que visa a reprimir o comércio de produtos falsificados nos municípios brasileiros. São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e o Distrito Federal também estão no projeto.
Edição: Carolina Pimentel
