Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A última defesa a ser ouvida hoje (14) pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) , no julgamento do mensalão, será a do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, que responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Adauto foi ministro entre 2003 e 2004 e, atualmente, é prefeito do município mineiro de Uberaba.
Na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Adauto é citado como operador do esquema do mensalão, organizado para comprar o apoio de parlamentares e para saldar dívidas de campanha com dinheiro não contabilizado, o chamado caixa 2. De acordo com o MPF, o ex-ministro recebeu propina do publicitário mineiro Marcos Valério por meio de assessores. Ele também intermediou repasses de recursos para o PTB, segundo o MPF.
Sobre o crime de corrupção, a defesa de Adauto vai alegar que o PTB já compunha a base do governo e que nunca intermediou subornos para a legenda votar com o governo. Quanto ao crime de lavagem de dinheiro, o advogado vai admitir que o ex-ministro recebeu verba para quitar débitos da campanha de 2002, mas acreditava que o dinheiro tinha origem lícita.
Na sessão de hoje, também foram ouvidos os advogados dos ex-deputados Professor Luizinho (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e João Magno (PT-MG), além da defesa de Anita Leocádia Pereira da Costa, ex-assessora parlamentar.
Edição: Lana Cristina