Da Agência Brasil
Brasília - A confiança dos industriais caiu, em junho, para o menor nível do ano, ao atingir 56,1 pontos. O indicador ficou 1,8 ponto abaixo do registrado em maio, 57,9 pontos. A pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) foi divulgada hoje (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Mesmo com a queda do índice este mês, os empresários continuam confiantes, porque o Icei varia de 0 a 100 pontos e valores acima de 50 indicam otimismo.
A CNI avalia que a confiança do empresários diminuiu por causa da crise externa e da retração da demanda interna. Técnicos da confederação consideram que a indústria vive um cenário de estagnação e que entre os empresários do setor há um sentimento de frustração, uma vez que a situação não tem melhorado.
A queda na confiança foi maior nas empresas de grande porte, que registraram Icei de 56,8 pontos, em junho, ante 59,4 pontos, em maio, uma variação de 2,6 pontos. Nas médias empresas, o índice passou de 57,3 para 55,7 pontos, uma queda de 1,6, e nas pequenas empresas, de 55,5 para 54,9 pontos, uma redução de 0,6 ponto.
De acordo ainda com a CNI, o otimismo é menor em praticamente toda a indústria de transformação, com queda do Icei em 21 dos 28 setores pesquisados. A confiança só aumentou na indústria extrativa, cujo índice passou de 59,3 pontos, em maio, para 60,8 pontos, em junho.
A pesquisa também mostra que os empresários estão mais otimistas com o futuro. Embora, o otimismo em relação às condições atual da economia e da própria empresa tenha caído de 48,6 para 46,9 pontos no período, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, as expectativas para os próximos seis meses são mais positivas. A confiança na situação da economia e da empresa para os próximos seis meses caiu de 62,6 para 60,6 pontos, mas permanece bem acima dos 50 pontos, o que indica empresários otimistas.
A pesquisa da CNI foi feita com 2.495 empresas, sendo 642 grandes, 987 médias e 866 pequenas, no período de 1º a 18 de junho.
Edição: Juliana Andrade