Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai patrocinar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorre de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, com recursos no valor de R$ 5 milhões. A informação foi dada hoje (31), no Rio de Janeiro, à Agência Brasil, pelo diretor de Meio Ambiente do banco, Guilherme Lacerda.
Em contrapartida, o banco terá um estande no Parque dos Atletas, em Jacarepaguá, próximo ao Riocentro, local de realização da conferência oficial da ONU. Ali, os visitantes poderão conhecer os fundos de financiamento geridos pelo banco para a área do meio ambiente, além dos demais produtos financeiros da instituição. A ideia é aproveitar o momento para a “difusão de projetos que temos no banco para o meio ambiente e a área social”, disse o diretor.
O assessor da presidência do BNDES, Fabio Kerche, disse que o BNDES já vem apoiando a Rio+20 por meio da cessão de dependências, no edifício-sede, para o comitê de organização do evento. “O banco emprestou salas para a organização da Rio+20 faz algum tempo. A presença do banco e seu compromisso de apoiar a Rio+20 são muito fortes. O banco entende que esse evento é muito importante e, por isso, vai dar todo o apoio”.
O presidente do banco, Luciano Coutinho, e seus principais executivos participarão do evento oficial, no Riocentro, entre os dias 20 e 22 de junho, quando estarão reunidos no local chefes de Estado de mais de 110 países.
Guilherme Lacerda não confirmou, nem descartou, que esteja em estudo no banco o lançamento de uma nova linha de crédito destinada a financiar projetos sustentáveis. “Nós estamos sempre procurando alternativas para dar condições de investimento a empresas, entidades do setor público e cooperativas nessa direção”.
A questão ambiental é considerada prioritária na gestão de Luciano Coutinho no BNDES, tanto que foi criada uma superintendência específica para o setor. Segundo Lacerda, o meio ambiente permeia todas as áreas do banco. “O elemento de respeito ambiental, no sentido amplo do termo, tem que considerar não apenas stricto sensu a questão ambiental, mas a convivência dos projetos com as comunidades, a questão social, a questão cultural das regiões. Isso está definido e normatizado nos grandes projetos e, também, nos projetos menores, sejam eles de regiões de fronteira, regiões agrícolas, mas também nas regiões urbanas, muito adensadas, com áreas sociais, que tenham impacto forte no espaço”.
Ainda durante a Rio+20, o BNDES lançará um novo filme sobre o Fundo Amazônia, fundo constituído em grande parte por doações do governo da Noruega e voltado para apoiar projetos de preservação na região amazônica. “Nós estamos com projetos grandes para fazer um monitoramento mais amplo com algumas fundações do Norte do país sobre a questão do desmatamento”, adiantou Lacerda. O primeiro filme, um documentário sobre a biodiversidade da Amazônia, foi lançado em 2009.
Edição: Fábio Massalli