Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Um grupo de moradores da zona sul paulistana se reuniu hoje (31) com o governador do estado, Geraldo Alckmin, para pedir rapidez das obras de construção do monotrilho. A Linha 17 (Ouro) deverá ligar o Aeroporto de Congonhas ao sistema de trens e metrô da capital paulista, com 18 estações, passando pelos bairros do Morumbi, Jabaquara e de Paraisópolis.
A reivindicação partiu dos moradores de Paraisópolis, comunidade pobre de São Paulo. Segundo o líder comunitário Gilson Rodrigues, o monotrilho é uma das soluções para resolver as deficiências de transporte da região. “Hoje, para sair daqui nós chegamos a demorar três horas para ir e voltar. E com a Linha 17 serão 15 minutos”, disse.
De acordo com Rodrigues, está prevista a construção de duas estação no bairro, mas é preciso mais rapidez no processo de desapropriação. “Essa área onde vão ser feitas essas estações, em Paraisópolis, ainda não foram desapropriadas, então nós queremos que sejam desapropriadas logo para que se crie uma passagem para que a obra possa ser iniciada o mais rápido possível”, ressaltou.
Após o encontro, Alckmin disse que a ligação com o Morumbi e Paraisópolis só começará depois que a primeira parte das obras, que estão em andamento, for concluída. A previsão do Metrô é que a ligação entre o aeroporto e a Linha 9, de trens, seja concluída em 2014.
Segundo o governador, tudo será feito “o mais rápido possível”. Porém, não se comprometeu com qualquer alteração no cronograma previsto. Ele adiantou, inclusive, que pode haver dificuldade com o grande número de desapropriações que serão necessárias na segunda fase do projeto. “No sentido Jabaquara é preocupante, porque tem a Avenida Água Espraiada, tem uma transferência de famílias grande lá, que precisa ser feita”.
O governador aproveitou a ocasião para defender o projeto, que tem recebido críticas devido ao impacto urbanístico, por ser uma linha suspensa. “Ele [monotrilho] é vazado, não prejudica a entrada de sol, a visibilidade, ele é bonito, silencioso e elétrico”, disse.
Edição: Aécio Amado