Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Senado dos Estados Unidos aprovou uma lei que estabelece novas sanções econômicas ao Irã, devido às suspeitas de irregularidades envolvendo o programa nuclear do país. A lei, que já foi aprovada pela Câmara dos Representantes, reforça as medidas adotadas pela Casa Branca, como a proibição de negócios com empresas vinculadas à Guarda Revolucionária iraniana.
A nova lei também restringe ainda mais a concessão de vistos a iranianos ligados ao governo e inclui sanções aos indivíduos e empresas que forneçam tecnologia ou recursos para que Teerã possa usar a fim de reprimir seus cidadãos, como gás lacrimogêneo, balas de borracha e equipamentos de vigilância.
A decisão dos parlamentares norte-americanos foi tomada às vésperas da reunião de alto nível entre os representantes do chamado P5+1 (Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China) e autoridades do Irã, em Bagdá, no Iraque, que ocorrerá de amanhã (23) a quinta-feira (24).
O senador Bob Menéndez (Partido Democrata) disse que a medida é uma forma de enviar uma mensagem ao governo iraniano de que “não poderá comprar tempo” com o processo de diálogo e que isso pode causar um maior isolamento econômico.
Os Estados Unidos e parte da comunidade internacional suspeitam que o Irã planeja usar seu programa de enriquecimento de urânio para fabricar armas nucleares. As autoridades iranianas negam as suspeitas e informam que o objetivo do programa nuclear é pacífico.
*Com informações da BBC Brasil
Edição: Talita Cavalcante