Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP) pediu hoje (22) que o governo federal estenda as medidas de estímulo anunciadas ontem (21) também às micro e pequenas empresas. Foram reduzidos o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros e utilitários e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre o crédito para a pessoa física.
A entidade classificou as medidas de “pontuais” e “provisórias”. A Fecomercio-SP defende que o estímulo fiscal seja estendido aos demais setores da economia, “principalmente para as micro e pequenas empresas, que são as maiores geradoras de emprego no país”.
Em nota divulgada nesta terça-feira, a federação avaliou que medidas não serão capazes de manter os níveis de consumo interno necessários para o bom andamento da economia. “Não há como manter o nível de consumo interno se apoiando apenas em segmentos isolados”, ressalta a Fecomercio.
Para a federação, a política econômica está sendo guiada pela pressão de alguns setores. “O governo tem passado a impressão de que os interesses setoriais podem se sobrepor a um projeto mais amplo de estímulo à economia, com benefícios a todo sistema produtivo, e não apenas àqueles que detêm maior representatividade econômica e política”.
Apesar de criticar a falta de medidas mais amplas, a Fecomercio diz que reconhece o “esforço do governo em reduzir os juros para as pessoas físicas e jurídicas, o que irá, certamente, estimular o comércio e aquecer a economia” e pondera que “qualquer medida que visa à redução da carga tributária é saudável para a economia”.
Edição: Lana Cristina