Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O desfile do Monobloco e um carro alegórico quebrado foram responsáveis por um imenso engarrafamento na zona portuária do Rio, na manhã de hoje (26). Passageiros dos seis cruzeiros que estão atracados no Porto do Rio também foram prejudicados.

Segundo operadores de tráfego da concessionária Porto Novo, que administra a zona portuária, a Avenida Rodrigues Alves foi fechada antes das 8h, no sentido rodoviária, por causa de um carro alegórico quebrado na pista. A via é usada pelas escolas de samba para transportar esses veículos entre o Sambódromo e o barracão das escolas, na Cidade do Samba.

Sem poder embarcar em táxis ou ônibus, por causa do fechamento da via, muitos passageiros dos cruzeiros ficaram mais de uma hora esperando do lado de fora do terminal de passageiros. Alguns desistiram e caminharam, carregando malas, por centenas de metros, em busca de condução.

Mas mesmo aqueles que tentavam alcançar, a pé, alguma via aberta, se decepcionavam com o engarrafamento de veículos, devido ao desfile de hoje do Monobloco, que costuma reunir dezenas de milhares de pessoas no centro do Rio.

Leandro Teixeira desembarcou hoje do navio MSC Musica, às 8h30, e depois de mais de uma hora de espera, resolveu sair da zona portuária a pé. “Acho que vou ter que andar mais de 1 quilômetro, com uma bagagem que pesa mais de 30 quilos. Não tem como esperar essa rua abrir e, infelizmente, hoje tem Monobloco. Não sei quantas embarcações estão chegando hoje no Rio de Janeiro, e os camaradas colocam bloco na rua. Parou a cidade toda”, reclamou.

A passageira Laura Machado resolveu esperar a abertura da via, mas, sem a possibilidade de disputar táxi com outras pessoas, chamou um parente para buscá-la no porto. “É complicado, porque a gente saiu [do navio] às 8h50 e agora, uma hora depois, continuamos no mesmo local, sem táxi. Eu vi algumas vans paradas, mas já estavam com passageiros certos”, disse.

A pista só foi liberada cerca de duas horas depois, às 9h50. O engarrafamento continua nas principais vias, como a Rodrigues Alves, sentido Praça Mauá, e a Avenida Venezuela.

Edição: Fernando Fraga