Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Tribunal de Justiça do Rio concedeu habeas corpus para dez oficiais militares presos no Rio, acusados de incitarem a paralisação da categoria. Nesta madrugada, dois bombeiros já haviam sido soltos pela Justiça.
Eles estavam presos no Grupamento Especial Prisional da corporação, na zona norte da cidade. Segundo a Constituição, nenhum militar pode fazer greve. O líder do movimento, o bombeiro Benevenuto Daciolo é um dos beneficiados da decisão impetrada pelo desembargador Adolpho Andrade.
Daciolo foi o primeiro a ser preso no dia 9, quando voltava de Salvador, acusado de orquestrar uma greve no Rio, por meio de conversas telefônicas gravadas pelo governo da Bahia. Ele foi um dos líderes do movimento grevista dos bombeiros fluminenses no ano passado e chegou a ser detido junto com 400 militares por motim.
Esses foram os últimos dos 17 policiais militares e dez bombeiros detidos há duas semanas. Antes de serem enviados às unidades prisionais de suas corporações, o grupo foi levado ao Complexo Penitenciário de Bangu. Na quarta-feira passada (15) eles voltaram para a prisão da corporação, dois dias após a decisão dos grevistas de interromperem a paralisação.
Edição: Rivadavia Severo