Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) advertiu hoje (7) que a tendência é que a elevação dos preços dos alimentos seja mantida até 2012. A entidade alertou ainda que os próximos meses serão críticos. O cenário é menos pessimista na Rússia, na Ucrânia e em alguns países europeus e da América do Norte, onde há possibilidade de aumento da produção de alguns cereais.
A avaliação está na conclusão do relatório bienal denominado Food Outlook. No comércio internacional de alimentos, as projeções indicam que haverá um recorde de US$ 1,29 trilhão, no período de 2011, registrando 21% a mais do que em 2010.
O diretor de Mercados da FAO e da Divisão de Comércio, David Hallam, afirmou hoje que os países ameaçados são os mais pobres que têm déficit de alimentos. De acordo com ele, a produção alimentar no mundo sofreu queda média de 1%, no período de 2007 a 2008.
Segundo Hallam, há uma tendência também de ocorrer aumento nos preços das carnes e dos laticínios. O especialista afirmou ainda que os preços da carne sofrem elevações por causa dos surtos de doenças e o envelhecimento dos animais.
"A situação geral da produção agrícola e de produtos alimentícios gera o aumento dos preços internacionais representando ameaça para muitos países de baixa renda e com déficit de alimentos", disse Hallam.
A FAO, no entanto, revelou que maio foi um mês atípico registrando queda nos preços internacionais dos alimentos. De acordo com o estudo, a redução foi causada pelos cereais e açúcar, compensando os aumentos nos preços das carnes e dos laticínios.
Edição: Juliana Andrade