Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Vinte e sete pessoas foram presas hoje (7) durante a Operação Loki, desencadeada pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada no contrabando de cigarros paraguaios de Ciudad del Este. A coordenação da operação está sob a responsabilidade da Superintendência da PF de Santa Catarina.
De acordo com a assessoria da PF em Santa Catarina, entre os presos estão dois policiais rodoviários estaduais do Paraná e cinco policiais militares da região oeste de Santa Catarina. Um casal foi preso em Foz do Iguaçu e uma mulher, suspeita de integrar a quadrilha, foi presa em um bairro de Curitiba e encaminhada à sede da PF.
Durante todo o dia devem ser cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e 41 mandados de prisão preventiva, expedidos pela Vara da Justiça Federal de São Miguel do Iguaçu. De acordo com a PF, foram 12 meses de investigação, realizada pela Delegacia da Polícia Federal em Dionísio Cerqueira (SC), para desarticular a organização que agia em 16 cidades do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Além desses três estados, os cigarros contrabandeados eram enviados para Montevidéu, no Uruguai.
Durante a investigação, iniciada há um ano, já haviam sido presas em flagrante 32 pessoas, apreendidos 36 veículos e 109.524 pacotes de cigarros contrabandeados.
Estão trabalhando na operação de hoje 172 policiais federais e 36 policiais da Força Nacional de Segurança Pública. A PF explicou que o nome Loki vem da mitologia nórdica e se trata do semideus da Trapaça e da Falsidade, postura atribuída aos policiais presos, que avisavam aos contrabandistas da presença da Polícia Federal e da Força Nacional em operações nas rodovias do sudoeste paranaense e oeste catarinense.
Edição: Graça Adjuto/A matéria foi alterada para correção de informação às 15h20