Interpol alerta sobre necessidade de ação conjunta para garantir segurança no setor aéreo

07/06/2011 - 10h13

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – O secretário-geral da Interpol (polícia internacional), Ronald K. Noble, defendeu hoje (7) que seja organizada uma ação conjunta mundial para garantir a segurança internacional no setor aéreo. Noble lembrou que os ataques de 11 de setembro de 2001 ocorreram porque houve falhas de vários setores – desde os de coleta até os de compartilhamento de dados. Segundo ele, isso não pode se repetir e os riscos existem.

Noble afirmou que a ação deve ser uma responsabilidade compartilhada para dar garantias aos passageiros e às empresas. Segundo ele, as ameaças à segurança são constantes e intensas até hoje – dez anos depois dos ataques às Torres Gêmeas, em Nova York, e à sede do Pentágono, em Washington.

"Os ataques [de 11 de setembro de 2011] foram bem-sucedidos porque houve falhas coletivas na coleta, análise e compartilhamento de informações de que dispúnhamos. Se os ataques têm sido impedidos é porque conseguimos usar de forma positiva as informações disponíveis”, disse o chefe da Interpol.

Durante a conferência, em Cingapura, da Associação Internacional de Transporte Aéreo (cuja sigla em inglês Iata), Noble destacou que ainda há ações organizadas na tentativa de ameaçar a segurança aérea mundial.

“Os terroristas e outros criminosos perigosos continuam tentando entrar em alguns países usando passaportes falsos e roubados”, disse ele, referindo-se ao registro de 28 milhões de passaportes roubados e perdidos, de acordo com dados de 158 países.

O apelo de Noble ocorre depois de um mês e uma semana que o governo dos Estados Unidos anunciou a morte do líder e fundador da rede Al Qaeda, Osama Bin Laden. Ele era apontado como o principal nome do comando de ações de terroristas no mundo, inclusive os ataques de 11 de setembro de 2001.

Edição: Juliana Andrade