Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), perdeu força em maio e diminuiu de 0,84%, registrado em abril, para 0,56%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,97% até maio e de 6,09% nos últimos 12 meses.
Os dados foram divulgados hoje (7) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e revelam também que a inflação para essa parcela da população foi mais intensa do que a registrada para as famílias em geral, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que ficou em 0,51% em maio.
Para as famílias com renda inferior, os preços subiram com menos força ou caíram em cinco das sete classes de despesas pesquisadas: despesas diversas (de 1,48% para 0,24%), alimentação (de 1,20% para 0,08%), saúde e cuidados pessoais (de 1,44% para 0,56%), educação, leitura e recreação (de 0,66% para -0,07%) e vestuário (de 1,17% para 0,72%).
De acordo com o levantamento da FGV, pesaram menos no bolso do consumidor de um mês para outro o cigarro (de 2,31% para 0,25%), as hortaliças e legumes (de 5,18% para 2,44%), os medicamentos em geral (de 2,57% para 1,01%), o material escolar e livros em geral (1,25% para 0,21%) e os calçados (1,78% para 0,07%).
Já os gastos com transportes (de 0,11% para 1,02%) e habitação (de 0,31% para 1,15%) foram maiores em maio. Ficaram mais caras a tarifa de ônibus urbano e a taxa de água e esgoto residencial. Esses itens haviam apresentado estabilidade no levantamento anterior e nesta apuração registraram variação de 1,11% e 3,18%, respectivamente.
Edição: Juliana Andrade