Da Agência Brasil
Brasília – O governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz, lançou hoje (7) o Plano DF sem Miséria. O plano, desenvolvido em parceria com o governo federal, tem o objetivo de superar a extrema pobreza a partir de três frentes: transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva. “O Estado precisa ir ao encontro de quem precisa”, afirmou o governador.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16,2 milhões de brasileiros vivem em situação de extrema pobreza. No DF, são 46.588 pessoas, em 12 mil domicílios. São consideradas famílias em extrema pobreza aquelas cuja renda per capita seja igual ou inferior a R$ 70. “Apesar de a média da renda per capita em Brasília ser superior, a capital é campeã em desigualdades”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, Arlete Sampaio.
Entre as ações de combate a extrema pobreza estão previstas a ampliação do Bolsa Escola e a unificação dos cadastros dos programas sociais do governo federal.
O governo do Distrito Federal também vai estabelecer ações voltadas à geração de emprego e renda dirigidas a pessoas beneficiárias do Bolsa Família. “Hoje mais de 120 mil pessoas já recebem algum benefício do governo, o que precisamos é integrar essas iniciativas de transferência de renda, com capacitação profissional, oportunidade e inserção no mercado de trabalho”, explicou Agnelo Queiroz.
Além do Distrito Federal, Espírito Santo e Rio de Janeiro já anunciaram programas de erradicação da extrema miséria em parceria com Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome. O programa foi lançado nacionalmente na última semana.
Para a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, presente ao lançamento de hoje, uma das tarefas mais difíceis será a de criar o cadastro único dos programas sociais do governo uma vez que a base de dados regional é desorganizada. “Tem pessoas recebendo o beneficio que não precisam, enquanto outras que estão dentro dessa linha da extrema miséria não têm acesso aos programas sociais”, disse a ministra.
Segundo ela, todos os estados e municípios participarão do Brasil sem Miséria, mas alguns não terão planos próprios.
Edição: Lílian Beraldo