Da Agência Lusa
Brasília - Uma comissão independente, formada por peritos e acadêmicos do Japão, começou hoje (7) a investigar a crise causada pelos acidentes ocorridos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi - no Nordeste do país. Os vazamentos e explosões registrados em decorrência do terremoto seguido por tsunami, em 11 de março, acenderam a luz de alerta sobre a questão da segurança nuclear no mundo.
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, pediu à comissão que trabalhe de forma “independente do governo”. Ele disse que está disponível para quaisquer necessidades dos especialistas. As conclusões da comissão serão divulgadas em 2012. O trabalho é coordenado pelo investigador e professor emérito da Universidade de Tóquio Yotaro Hatamura.
A reunião ocorre após a determinação da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão (cuja sigla em inglês é Nisa) de que sejam revistas as estimativas sobre a radioatividade emitida pela usina nos primeiros dias da crise. Para a Nisa, o cálculo deve ser refeito porque há suspeitas de que a emissão foi duas vezes maior que a apontada inicialmente.
Os especialistas se debruçarão também sobre propostas para a regulação da segurança nuclear no Japão. Integrantes da comissão deverão analisar os dados e ouvir funcionários tanto da usina quanto da empresa que a administra, a Tokyo Electric Power Company (Tepco). A comissão também se prepara para reuniões com assessores do governo do Japão e autoridades da área de energia nuclear.