Carolina Gonçalves
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os 439 bombeiros presos desde o último sábado (4) rejeitaram, no início da tarde de hoje (7), a proposta do comando-geral da corporação para ser transferidos do quartel do Corpo de Bombeiros, em Jurujuba, Niterói, para as unidades onde são lotados. Na última sexta-feira (3), eles invadiram o quartel central da corporação, exigindo melhores salários e condições de trabalho.
No início da tarde, o defensor público-geral do estado do RJ, Nilson Bruno Filho, apresentou à Auditoria de Justiça Militar pedido de relaxamento de prisão dos militares.
Para a representante da Associação dos Ativos, Inativos e Pensionistas das Polícias Militares, Brigadas Militares e Corpos de Bombeiros do Brasil (Assinap), Sônia Regina Samary, a proposta de transferir os militares para as unidades onde estão lotados objetiva separá-los para enfraquecer o movimento.
Durante o dia, familiares dos presos se reuniram em frente ao quartel. A mulher de um dos detidos disse que o grupo reivindica a libertação de todos os 439 bombeiros. “Eles não são bandidos, são trabalhadores que salvam vidas. O que adianta aumento agora se nossos maridos estão presos.”
Os familiares puderam entrar no quartal com cobertores e alimentos para os bombeiros presos. Nos prédios ao lado do quartel, a população pendurou bandeiras e lenços vermelhos em apoio ao movimento. Hoje de manhã, alguns dos presos rasparam a cabeça e fizeram inscrição com o número 439, em referência ao total de detidos.
Edição: João Carlos Rodrigues